segunda-feira, 12 de maio de 2014

A Biografia Involuntária dos Amantes

Há já quase um mês, terminei o livro “A Biografia Involuntária dos Amantes” de João Tordo, de que gostei bastante. Este é o mais recente livro (lançado no princípio de Abril) de um dos meus autores portugueses contemporâneos preferidos.
“A Biografia Involuntária dos Amantes” conta como um professor universitário espanhol se cruza com um poeta mexicano e se empenha em descobrir a história de uma portuguesa (ex-mulher do mexicano). Na minha opinião, a história está muito bem construída, é original e entusiasmante, para além disso a escrita de João Tordo é fluída e acessível.
Pela primeira vez, durante a leitura de um livro, tomei a iniciativa de guardar alguns pequenos excertos:
“Talvez ele estivesse para lá da possibilidade do amor como outros estão para lá da possibilidade da maldade ou da coragem, com a diferença de que se pode viver sem maldade ou coragem, mas não se pode viver sem amor.” (pág 241)
“Dobrar uma esquina significava escolher um destino, dobrar a esquina seguinte significava escolher um outro, radicalmente diferente, que alteraria o decurso da nossa existência. Nenhum livro nos poderia ensinar a dobrar esquinas, concluí. A literatura era o que acontecia ao seu autor quando se detinha, permanecendo imóvel, enquanto todos os outros continuavam a dobrar esquinas: os amigos, a família, todos os desconhecidos do mundo.” (pág 287)
“A melancolia é impossível de combater porque, a partir do momento em que nos aventuramos no mundo, teremos sempre saudades de tudo. De tudo. Do que fizemos e do que não fizemos, de quem se cruzou no nosso caminho e de quem jamais conseguiremos encontrar.” (pág 408)
Aconselho vivamente a leitura deste livro.

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