segunda-feira, 28 de julho de 2014

Anna Karenina

Terminei este fim-de-semana o livro Anna Karenina, de Lev Tolstoi, que é muito mais do que uma história de amor, é um livro que nos transporta para a Rússia do séc. XIX.
 
O amor entre Anna Karenina e Vronski é arrebatador, mas a sua história mostra-nos que só o amor, mesmo que recíproco, não é suficiente para a felicidade. A complexidade do relacionamento humano e a importância do viver em sociedade são factores críticos para o desenrolar desta história de amor proibido.
 
Um aspecto que me surpreendeu neste livro foi o facto de, apesar do nome, a história não ser só centrada em Anna Karenina, existem outros personagens que são igualmente, ou talvez mais, relevantes que não interagem directamente com Anna, como por exemplo Levine.
 
A forma de escrita de Lev Tolstoi fez-me um pouco lembrar a escrita de Eça de Queirós. É uma escrita descritiva, mas no caso de Tolstoi descritiva maioritariamente de formas de pensar e de estar em sociedade.
Ao ler este livro conseguimos conhecer um pouco da Rússia do séc. XIX, uma Rússia pré comunista (que para mim é menos conhecida) mais próxima da Europa, mas sempre marcada pela sua geografia e dimensão. Ao longo do livro Tolstoi, para além de nos mostrar a sociedade cosmopolita russa, também nos transporta para a sociedade rural abordando questões como a forma de organização da propriedade rural ou o relacionamento entre os camponeses e os proprietários/nobreza. Mais para o final do livro também é abordada a questão da fé/crença religiosa.
 
Na minha opinião, este livro não é uma leitura fácil, não só pela extensão do livro mas também pela forma de escrita. No entanto, gostei bastante por ser um livro interessante, enriquecedor e diferente do habitual.