quarta-feira, 19 de novembro de 2014

No Limiar da Eternidade

Mais um livro terminado, desta feita o No Limiar da Eternidade, do Ken Follett, que é o terceiro e último livro da trilogia O Século. Esta trilogia tem por objectivo contar a história de todo o século XX através de 5 famílias (americana, alemã, inglesa, russa e galesa) e este terceiro livro inicia-se em 1961 com a construção do Muro de Berlim.

Gosto de romances históricos e gostei particularmente desta trilogia pela escrita simples, mas envolvente e entusiasmante e pelo gigantesco desafio que é contar a história do século XX simultaneamente em perspectivas diferentes.

Gostei muito d’A Queda dos Gigantes e d’O Inverno do Mundo, mas No Limiar da Eternidade talvez tenha sido o mais enriquecedor, pois a história mundial da parte final do século XX é aquela em que estou menos familiarizada, provavelmente por 3 factores: por ser mais recente é menos estudada na escola; por ser um período rico em acontecimentos em qualquer parte do mundo; e por ser um período muito importante e repleto de acontecimentos em Portugal.

No Limiar da Eternidade senti alguma dificuldade em recordar-me da ligação destas personagens com as dos outros livros, mais do que no livro anterior (O Inverno do Mundo). Mas afinal de contas já passaram mais de 2 anos desde a leitura anterior e trata-se da terceira geração das 5 famílias do livro A Queda dos Gigantes.

Tal como nos livros anteriores, Ken Follett coloca os seus personagens ficcionais próximos das figuras históricas e desta forma consegue transportar-nos para os acontecimentos de uma forma natural, detalhada e simples, mas entusiasmante.

Os momentos históricos abordados neste livro vão desde a construção do Muro de Berlim passando pelos Direitos Civis nos EUA (destacando Martin Luther King), a Guerra Fria, a crise dos mísseis de Cuba, a guerra do Vietname, o assassinato do presidente Kennedy, a ascensão da música pop e rock (abordando em associação a questão do amor livre), os Direitos dos homossexuais (em particular na Inglaterra), a Primavera de Praga, a ascensão do sindicato Solidariedade na Polónia, a liberalização da Hungria, o caso Watergate, a ascensão de Mikhail Gorbachev e a sua importância na liberalização dos países do Pacto de Varsóvia (não esquecendo as suas mais conhecidas políticas: glasnost ou transparência; e a perestroika ou reestruturação) e finalizando o livro com a queda do Muro de Berlim e a eleição de Barack Obama.
 
Sem dúvida um grande livro (e não é só pelas 1020 páginas) que recomendo vivamente.
 
 

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